Comissão reúne representantes dos catadores para discutir implantação da Coleta Seletiva

São Borja trabalha para implantar um sistema de coleta seletiva eficiente que venha reduzir o volume de resíduos destinados a Giruá, bem como que possa gerar renda aos profissionais que sobrevivem da coleta de materiais. Neste sentido, a comissão específica no processo de implantação busca modelos que deram certo em outros municípios e que podem ser utilizados em São Borja.

A comissão reuniu nesta quinta-feira (09/08) com representantes dos catadores e na oportunidade demonstraram os resultados da visita técnica feita em Santiago. O secretário de Meio Ambiente, Fábio Fronza, explicou que o município vizinho tem uma produção diária de 25 toneladas de lixo, parte é recolhida pelo sistema de Coleta Seletiva e o restante passa pelo Centro de Triagem, reduzindo muito o volume de resíduos para mandar ao aterro sanitário de Santa Maria.

O grupo destacou que Santiago eliminou o lixão do município, recuperando a área com vegetação. Fronza falou que São Borja seguirá o mesmo caminho a fim de resolver o passivo no lixão do Passo.

Outra preocupação da Comissão é em relação à geração de renda aos catadores, o secretário de Desenvolvimento Social, Pedro Quoos, ressaltou que o modelo implantável deve ser lucrativo e garantir ao trabalhador dignidade. O grupo acredita que se o município escolher o sistema ideal o catador pode obter uma boa renda, para isso citam o exemplo de Santiago.

O secretário de Planejamento, João Pedro Daitx, lembra que o próximo passo é estabelecer o sistema jurídico para organizar os catadores que trabalharão na coleta seletiva. A ideia inicial é organizá-los em uma associação, por ser um regime simplificado e com menos exigências burocráticas. Atualmente, em São Borja existem uma cooperativa e uma associação, ambas formalizadas, porém a Prefeitura sugere a união dos dois grupos, algo que os representantes discutirão com os integrantes.

O secretário Fábio Fronza explica que inicialmente a Prefeitura irá definir um local para armazenar materiais, adquirir uma prensa e um veículo. Fronza acredita que, posteriormente, São Borja também poderá implantar um Centro de Triagem, o que resultará em mais geração de renda aos catadores e economia para Prefeitura aplicados na destinação do lixo. Hoje, São Borja produz 40 toneladas de lixo por dia, para esse serviço o município paga os serviços de coleta, transbordo, transporte e destinação final, com a implantação da coleta seletiva será possível aplicar esse recursos em outras frentes como saúde, agricultura, meio ambiente e outros.

Fonte: DECOM

Imagem: Lucas Carvalho