Prefeitura estimula cultura da saúde preventiva

A cultura instituída entre os usuários é de, normalmente, procurar uma ESF (Estratégia de Saúde da Família) quando precisam de um remédio ou de um atendimento médico. A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) está trabalhando no sentido de mudar esse paradigma conservador, focado basicamente na medicalização. A meta é mostrar que as unidades de Saúde não são apenas isso.

Incorporada à SMS, há algumas semanas e residindo em São Borja, a enfermeira paulista Lucile Félix desenvolve programa de ações para maior aproximação da comunidade às ESFs e também ao NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família). “Precisamos mostrar que uma Unidade Básica de Saúde, como as que temos instaladas na cidade e no interior do município, prestam serviços que vão muito além de uma consulta médica de emergência ou a realização de um curativo”, ressalta.

A enfermeira Lucile cita como exemplo o serviço oferecido de orientação e acompanhamento às gestantes. Destaca que isso é possível em todo o período pré-natal e, depois, de acompanhamento à mãe e ao bebê. Uma equipe técnica multidisciplinar está à disposição nas ESFs, incluindo médico, enfermeiro, técnico em enfermagem, nutricionista e agente de saúde.

Já no NASF esse trabalho de acompanhamento permanente também é oferecido, e não apenas à mãe e à criança, mas a todos os membros da família. Psicólogos, assistentes sociais, educadores físicos e médicos de especialidades diversas também estão disponíveis, quando necessário.

Mas a enfermeira Lucile chama a atenção que nas ESFs outras formas de atendimento são garantidas pela Saúde municipal a todos os membros das comunidades. As famílias de modo geral podem participar de grupos de convivência e entretenimento, oficinas de produção de artesanato, sessões de ginástica e, em alguns casos, também atividades de música e de dança. Quantos às crianças têm, de forma permanente, acompanhamento da rotina de peso e vacinas, de modo que sejam garantidos crescimento e saúde normais.

Em São Borja, são 14 ESFs em funcionamento, considerando unidade móvel que atender às localidades do interior do município. Atividades similares também são oferecidas no CEMAE (Centro Médico de Atendimento Especializado), instalado em frente à Praça da Lagoa e junto à Secretaria de Saúde. Já o NASF funciona em instalações do antigo Hospital São Francisco.

A secretária municipal de Saúde, Michelly Cherobini, destaca a série de vantagens, já agora verificada e que será ainda maior no futuro. “Estamos conseguido oferecer aos usuários são-borjenses uma saúde preventiva, que não se limita à medicalização, mas atende às necessidades das pessoas como um todo, nos seus variados aspectos” – ressalta. A secretaria Michelly acrescenta que esse diversificado atendimento nas Unidades Básicas faz com que as pessoas precisem se utilizar menos de serviços do tipo de serviços emergenciais, como os prestados no Pronto Atendimento Médico da Prefeitura (PAM) ou no Pronto Atendimento do Hospital Ivan Goulart.

Fonte:DECOM