Secretaria de Saúde diminui filas na marcação e realização de exames

Planejamento, racionalização e regulação do sistema. Com práticas como estas, adotadas nos últimos meses, a equipe da Secretaria Municipal de Saúde que trabalha em torno da marcação e da realização de exames conseguiu encurtar, de forma significativa, o tempo de espera. Como resultado prático, tudo acontece de maneira mais rápida para os pacientes, diminuindo a espera na maioria dos casos.

A supervisora dos serviços pela secretaria, enfermeira Manoella Malgarim, divulgou relatório, comparando a situação como era e como está atualmente. Os parâmetros apresentados referem-se a 16 de novembro de 2017 e 31 de março deste ano. Por exemplo, em relação à marcação de cirurgia geral havia, em novembro, pendência de 22 procedimentos e no final de março a demanda foi zerada, sendo possíveis 45 encaminhamentos por mês. Quanto a consultas de fonoaudiologia, havia 45 pacientes na espera e, atualmente, nenhum; São possíveis 40 atendimentos por mês.

Outra situação citada diz respeito a consultas de nefrologia, com 12 pacientes na espera antes da nova regulação. A procura foi zerada, sendo possíveis 50 consultas mensais. Na área de otorrinolaringologia, com 75 consultas possíveis por mês, havia 20 pacientes na fila e, hoje, nenhum. Já consultas em neuropediatria eram 42 aguardando marcação, caindo o valor para zero, atualmente.
Outros exemplos são agregados pelo prefeito Eduardo Bonotto. Quanto a cirurgias de pequeno porte, são possíveis 50, mensalmente, e todos os pedidos estão atendidos. Já cirurgias de média complexidade são 20 a cada mês, e toda a demanda está atendida. O mesmo ocorre com os 25 exames de audiometria/mês que são possíveis pela Saúde municipal, não havendo nenhum caso na espera. Exames de eletrocardiograma (100 por mês) e de ergometria (16/mês), havia, nos dois casos, 10 pacientes na espera e, atualmente, nenhum.

Outro avanço significativo diz respeito à marcação de exames de Raio X. A demanda reprimida era de 700 procedimentos, mas foi zerada, conforme o relatório apresentado. Em novembro do ano passado, 392 pacientes esperavam por ressonância magnética; hoje não há ninguém na fila. Em relação a ecografia de mama, são 20 autorizações mensais, havia fila de espera de 70 e agora todos os casos estão atendidos. Cauterizações do útero são cinco, mensalmente, havia cinco pacientes esperando e, atualmente, nenhuma. Quanto a densitometria óssea, são 10 por mês, havia 24 na fila e, agora, apenas seis.

Outros avanços

A secretária de Saúde, Michelly Cherobini destaca que, em muitos casos, não basta regulação adequada, como vem ocorrendo, para diminuir as filas de espera em consultas especializada. Há em São Borja e outras cidades da região, limitações técnicas, falta de credenciamentos de serviços ou mesmo carência de profissionais especializados na área médica.

É o caso de consultas e procedimentos nas áreas cardíaca, vascular, de gastroenterologia, dermatologia, oftalmologia, traumatologia, urologia e reumatologia. Mesmo assim, com as medidas de racionalização implementadas pela Secretaria Municipal de Saúde foram possíveis avanços consideráveis como cirurgia vascular, gastroenterologia e oftalmologia.

Uma equipe formada por médico, enfermeira, assistente social e mais oito agentes operacionais trabalha na marcação de consultas através da Saúde Municipal, para os casos de média e alta complexidade. Desde 26 de março, o serviço está instalado no antigo Hospital São Francisco, onde funcionava o programa Primeira Infância Melhor (PIM). O atendimento é das 8 às 12h e das 14 às 17h. Em média, três mil consultas especializadas são marcadas, mensalmente.