Segue a preocupação com o mosquito Aedes Aegypti
A chegada do outono e a queda nas temperaturas não significam que a população deva “baixar a guarda”em relação aos cuidados com a proliferação do Aedes Aegypti. A Vigilância Sanitária avalia que o trabalho de monitoramento dos agentes de endemia e de conscientização da população continua e que o objetivo é diminuir os índices de proliferação de focos de mosquito.
Nos quatro primeiros meses de 2019, já foram notificados 1.573 focos. Nesse total, estão incluídos 139 incidências nos pontos estratégicos. São locais como cemitérios, ferros-velhos e borracharias. A região Centro-Sul da cidade segue liderando o ranking com 603 ocorrências. No bairro Pirahy são 275 focos; bairro José Alvarez 269; e bairro do Passo 231. Na vila Umbu foram contabilizados 34 focos e outros 12 em Nhu-Porã.
Estes números se referem a dois ciclos de inspeção da equipe dos agentes de endemia, realizados a cada dois meses. O trabalho contempla mais de 24 mil locais na cidade. A veterinária, Janaína Leivas, informa que, em maio e junho, estará em desenvolvimento o terceiro ciclo, incluindo a segunda edição anual do LIRA (Levantamento por Índice Rápido). É um levantamento por amostragem, segundo critérios do Ministério da Saúde, programado para acontecer de 27 a 31 de maio. Duas outras amostragens acontecerão no segundo semestre.
Janaína Leivas observa que, no novo levantamento que está sendo iniciado serão notificados os moradores reincidentes em relação a focos de larvas ou de Aedes. Ela explica que, em vários casos, já foram detectadas duas ocorrências e, se for confirmada a terceira, haverá notificação administrativa. O morador então receberá prazo de cinco dias para remoção do foco e, caso não o fizer, terá de pagar multa, conforme define a legislação.
O diretor de Vigilância Sanitária, Adilson Quevedo, ressalta que outra preocupação são os pneus em desuso abandonados no meio ambiente. Nesse sentido, todas as segundas-feiras um caminhão sai da cidade com carregamento de materiais, para reciclagem. O depósito para pneus para descarte, o chamado Ecoponto, é no antigo hospital São Francisco.
Preocupação geral
Os últimos meses de chuva acima da média nas regiões Sul e Sudeste do País têm aumentado os riscos quanto à proliferação do Aedes aegypti. No Sudeste, estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais registram números recordes. No Rio Grande do Sul, também há problemas graves como dengue hemorrágica.
Além da dengue, o mosquito também pode transmitir febre Chikungunya, Zika Vírus e Febre Amarela. Em São Borja, um caso de dengue foi registrado em janeiro, envolvendo um paciente de Nhu-Porã, mas a situação foi controlada. Mesmo assim, os agentes de endemia farão monitoramento de rotina, todo este ano, na vila.
Como medida preventiva de reforço ao conjunto de ações em desenvolvimento seguem as palestras na comunidade. Adilson Quevedo informa que as palestras de orientação são ministradas nas escolas, universidades e associações de moradores. É preciso agendamento prévio, que pode ser feito diretamente na Vigilância Sanitária.
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