Crise no setor orizícola em debate nesta sexta em encontro da Amfro
o longo desta sexta-feira (09/08), em São Gabriel, prefeitos e outros gestores municipais participaram de mais um encontro de trabalhos da Amfro (Associação dos Municípios da Fronteira Oeste). O prefeito de São Borja e presidente da entidade, Eduardo Bonotto, dirigiu a reunião, que ainda teve participação de lideranças dos produtores. Isto porque um dos temas principais da pauta foi a grave crise enfrentada pelo setor arrozeiro.
Foram convidados para compor o painel de debate o economista da Farsul Antônio da Luz, o prefeito de São Gabriel Rossano Gonçalves, o coordenador do Irga Ivo Melo e o diretor da Federarroz Cristiano Cabrera. O AMFRO Debate é um evento que aborda temas importantes para o futuro da Fronteira Oeste e a primeira edição foi realizada em São Gabriel com o tema “Arroz na Fronteira: Desafios e Perspectivas”.
O debate foi uma iniciativa do mandato do prefeito de São Borja Eduardo Bonotto, como presidente da AMFRO. Ele definiu o momento como de grande preocupação para os orizicultores. “A classe vive uma conjuntura de adversidades que, na prática, inviabiliza a atividade”, segundo ressaltou. Bonotto observou que, além de cotações em queda para o arroz, os produtores estão endividados e sem políticas governamentais de apoio que sejam consistentes e duradouras.
Conforme o relato de Eduardo Bonoto, ele, pessoalmente, já esteve duas vezes em Brasília, acompanhado de lideranças da cadeia arrozeira e do setor político. “Já mantivemos encontro com a ministrada da Agricultura, Tereza Cristina, e diretamente com o presidente Jair Bolsonaro, mas ainda aguardamos por medidas de socorro emergencial e, depois, de médio e longo prazo”, relatou.
Os demais prefeitos e líderes dos produtores presentes também relataram suas tratativas em curso, igualmente esperando resultados. A preocupação dos gestores municipais é que as dificuldades enfrentadas pelos arrozeiros não afetam apenas a classe produtora. A constatação geral é que a lavoura orizícola – base econômica na Fronteira Oeste – vem, gradativamente, diminuindo, o que significa menos produção, menos renda e menos empregos no campo. Também são preocupantes os reflexos em relação à queda na arrecadação de tributos pelas prefeituras.
Outras pautas
Além da questão relativa à crise no arroz, os representes dos 13 municípios da Fronteira Oeste aproveitaram a reunião da Amfro para discutir temas mais específicos das prefeituras. Como preocupação permanente, uma das questões foi em relação à área de saúde, devido a atrasos de repasses do Estado e defasagens do SUS, contrastando com encargos sempre maiores nas áreas de serviço.
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