Vigilância em Saúde vai redobrar atenções contra o Aedes aegypti
Mantêm-se estáveis os níveis de proliferação de larvas e do mosquito Aedes aegypti na cidade. Um dos fatores atribuídos para isso foi o inverno seco e frio intenso. A preocupação, porém, é a partir de agora, com regime de chuvas mais frequentes e elevação das temperaturas.
A médica veterinária, Janaina Pereira Leivas, do Serviço de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal da Saúde, chama a atenção explicando que existem muitos ovos encubados e na iminência de eclodir, se não houver uma intensa ação de controle. No mesmo sentido, o Ministério de Saúde alerta que, nesta primavera-verão são crescentes os riscos de dengue, chikungunya, zika vírus e febre amarela, diante da projeção do aumento da incidência de Aedes em todo o país.
Janaína considera ser fundamental a realização de ações coletivas, envolvendo os agentes de Saúde municipal e a comunidade. Ela ressalta que, “além de eliminar depósitos de água que podem virar criadouros, é fundamental, também, manter limpos os pátios no ambiente doméstico e demais locais potencialmente de riscos.” Ainda estão sendo realizadas capacitações e treinamentos, mas os agentes de endemias e os agentes comunitários de saúde já atuam na cidade de forma integrada, visitando as residências e a sede das empresas.
A atenção imediata, em relação a ações de prevenção, diz respeito ao feriado de Finados. Existe a preocupação de que a água em vasos de flores possa se transformar em ambiente de focos de mosquito. Equipes da Prefeitura fazem limpeza dos cemitérios, entretanto a recomendação é no sentido de que também os visitantes façam a sua parte.
Na primeira semana de novembro, entre os dias 4 e 8, será desenvolvida mais uma edição do LIRA, o Levantamento por Índice Rápido do Aedes Aegypti. Será o quarto e último levantamento por amostragem, este ano. Além dos agentes da Secretaria Municipal da Saúde, também participam técnicos da 12ª Coordenadoria Regional de Saúde.
Situação hoje
São Borja tem registrados este ano, até o início de outubro, 2.222 focos de Aedes Aegypti. O número se refere à cidade e à localidade de Nhu-Porã, conforme a área de Vigilância em Saúde.
A região Centro-Sul da cidade continua com a maior incidência, inclusive devido à sua maior extensão. São 953 focos contabilizados. Depois vem o bairro Pirahy, com 436 ocorrências. No bairro do Passo são 387 registros; bairro José Alvarez, 354; vila Umbu, 73; e Nhu-Porã, 19.
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