Conexão com o mundo e mais um salto ao desenvolvimento
É consenso que serão muitos os ganhos para São Borja, a partir do funcionamento de uma linha aérea em caráter permanente. E os benefícios não serão apenas para o município, mas para toda a comunidade regional, incluindo localidades da fronteira argentina. Além da nova logística em operação economizar tempo e aproximar distâncias, outro grande ganho comemorado é que, a partir da cidade, através do avião, é possível ganhar o mundo.
O prefeito Eduardo Bonotto não tem dúvidas em afirmar que, “no caso específico de São Borja, será uma espécie de divisor de águas na escalada do desenvolvimento”. Ele ressalta que, “simultaneamente aos estímulos para os investimentos econômicos, áreas como saúde e educação serão diretamente beneficiadas em rapidez e produtividade, além do turismo”. No campo econômico, o prefeito cita como exemplos de setores a serem potencializados o agronegócio, a instalação de free shops e a expansão de negócios em função da Ponte da Integração e da Plataforma Logística.
O consórcio Mercovia, concessionario para os serviços da ponte internacional, já começa a apostar em incrementos no intercâmbio comercial a partir da linha aérea. O gerente comercial da empresa, Alcir Giordani, informa que todos os prestadores de serviços no Centro Unificado de Fronteira da ponte já estão sendo orientados no sentido de que, com a linha em São Borja, é possível fazer conexão aérea com qualquer grande centro no país. “Isso resolve uma série complicadores até agora enfrentados”, segundo ressalta.
Já o presidente da Associação Comercial e Industrial de São Borja (Acisb), Wolmi Oliveira, prevê que, com a facilitação de acesso proporcionada pela linha aérea, a cidade atrairá novos investidores. “A nossa expectativa é que surjam novos empreendedores de fora e que outros ampliem negócios, especialmente nas áreas do comércio e da prestação de serviços”, projeta o dirigente. Ele acha que a cidade, já conhecida nacionalmente, difundirá ainda mais o seu potencial.
O presidente da Câmara de Vereadores, Jefferson Oléa Homrich, traça perspectiva semelhante em relação aos avanços para São Borja. Acrescenta que também o turismo, principalmente pela riqueza histórica e cultural local, igualmente terá expansão significativa. Homrich chama a atenção, ainda, “para a visão distorcida de que o transporte é para os ricos”. Ele observa que, “nos tempos de hoje, é um serviço essencial, por sua rapidez e racionalidade, sendo a todos acessível;
basta fazer uso adequadamente”.
Outro batalhador da causa, o presidente do Sindicato do Comércio Varegista de São Borja (Sindilojas), Ibrahim Mahmud, lembra que há 30 anos, quando dirigia a Acisb, chegou a tratar do retorno da linha aérea para a cidade. Na época, porém, em 1989, São Borja ainda não tinha a ponte internacional e os empreendimentos empresariais na cidade eram menores, concluindo-se à época que não haveria demanda suficiente. Agora, entretanto, Mahmud entende que todas as condições
são favoráveis. “A oferta de voos regulares, encurtando distâncias, atrairá investidores investidores e fortalecerá o potencial turístico local”, diz o presidente do Sindilojas. Os empresários e a comunidade são-borjense serão grandemente beneficiadas – ressalta.
Há também consenso de que, gradativamente, novas linhas aéreas serão implementadas e que mais melhorias acontecerão no aeroporto João Manoel. Em relação a uma conexão com Buenos Aires – tema de reunião recente coordenada pelos prefeitos de São Borja, Eduardo Bonotto, e de Santo Tomé, Mariano Garay -, todos concordam que existe demanda. É preciso, porém, autorização dos governos do Brasil e da Argentina e a internacionalização dos serviços no aeroporto local.
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