Casa de Acolhida ficará pronta em abril
No mês de abril estarão concluídas as obras de reforma e ampliação da Casa de Acolhida em São Borja, localizada junto à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, na Avenida Presidente Vargas. A ordem para o serviço foi assinada em 19 de julho do ano passado, sendo a empresa Rak Engenharia a vencedora de licitação para executar o serviço. O início efetivo das obras foi em 07 de agosto.
Ao visitar o canteiro de obras, acompanhado do presidente em exercício da Câmara de Vereadores, Adão Santiago, e do secretário de Desenvolvimento Social, Pedro Quoos, o prefeito Bonotto ressaltou que o redimensionamento da Casa de Acolhida “é uma das obras mais emblemáticas e significativas na atual Administração Municipal”. Ele acrescentou que “a obra representa bem mais do que os R$ 355 mil que estão sendo investidos, já que sobretudo representará acolhimento digno e como merecem crianças e adolescentes atendidos no local’.
Bonotto lembra que para a concretização dessa meta, foi uma longa batalha, pois a execução do projeto, de tanta abrangência social, só foi viabilizada depois de muitos impasses e de várias licitações desertas. Outro empecilho inicial foram os recursos financeiros necessários. Depois de falharem outras alternativas, a Prefeitura teve de lançar mão de receita apurada através de leilões de patrimônios inservíveis, realizados em 2019.
O secretário de Desenvolvimento Social, Pedro Quoos, avalia como “uma conquista histórica”. Nas palavras do secretário, “valeram todos os esforços empreendidos, pois, por seus padrões técnicos, a nova Casa de Acolhida passa a ser referência para todo o Rio Grande do Sul”.
Projeto modelo
As reformas e ampliações que estão sendo concluídas na Casa de Acolhida resultam de projeto elaborado pela equipe da Secretaria Municipal de Planejamento. São seguidas todas as normas técnicas indicadas na legislação e, ao mesmo tempo, é colocado em prática Termo de Ajustamento de Conduta, celebrado com o Ministério Público.
O ambiente terá perfil, características e infraestrutura de Casa-Lar. Ou seja, todos os compartimentos estarão interligados. Outra singularidade é que a casa não terá muros para a rua. Os dormitórios das crianças e adolescentes deixam de ser coletivos, a fim de garantirem melhores acomodações e mais privacidade. Também ficarão integradas cozinha, refeitório e sala de estar.
Em outra ala da casa ficarão sala de estudos, com apoio de uma
biblioteca e ainda será oferecido espaço destinado a oficinas de
informática. Já em área externa, mas também integrada, haverá uma área de recreação, destinada ao público infanto-juvenil assistido no local.
Apoio permanente
Em função das obras em andamento, todas as mais de 20 crianças e adolescentes atendidos tiverem de ser transferidos de local. Assim, desde o início de agosto, a Casa de Acolhida está funcionando nas dependências do CRAS Leonel Brizola. Para isso, as instalações passaram por reformas e adaptações, segundo o secretário Pedro Quoos.
O público-alvo da Casa de Acolhida são normalmente crianças e adolescentes normalmente retirados do ambiente familiar em função de violências. Isso ocorre depois de intervenção de instituições como Conselho Tutelar, Ministério Público e Poder Judiciário. A estadia na casa é de, no máximo, até os 18 anos. Depois disso, os jovens normalmente saem já com encaminhamento ao mercado de trabalho e continuação dos estudos. Uma equipe multidisciplinar de 20 pessoas faz todo suporte técnico de trabalho.
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