São Borja tem dois casos confirmados e redobra cuidados contra a Covid-19
Nesta quarta-feira (06/05), São Borja teve a confirmação, através do Serviço de Vigilância em Saúde de São Borja, de que dois pacientes na cidade testaram positivo para a Covid-19. São os primeiros casos - um envolvendo uma profissional da área de saúde, de 48 anos, e um caminhoneiro, de 44 anos.
No final da tarde desta quarta, o prefeito Eduardo Bonotto convocou coletiva de imprensa, em seu gabinete, para detalhar as informações. Também estiveram presentes representantes da Secretaria Municipal de Saúde, entre eles a titular da pasta, Sabrina Loureiro, e a enfermeira Manoella Malgarin, chefe da Vigilância em Saúde do Município. Ainda estiveram presentes o presidente da Fundação Ivan Goulart, Pedro Machado, o vice-presidente da instituição, Celso Rigo e a diretora do Hospital Ivan Goulart, Fernanda Dal Forno Bonotto. Antes de falar à imprensa, o prefeito promoveu nova reunião do Comitê de Gestão de Crise, destacando a necessidade de redobrar as ações de prevenção à pandemia do Coronavírus.
São Borja ainda tem cinco casos suspeitos aguardando laudos do Laboratório Central do Estado. As duas pacientes que foram a óbito, na terça-feira (05/05), com suspeita de Covid-19, testaram negativo para a doença. Quanto aos dois casos confirmados, ambos os pacientes estão estáveis e encontram-se em isolamento e tratamento domiciliar. Ambos apresentam boa recuperação.
O prefeito Bonotto disse que fez questão de detalhar para a imprensa e à população os registros oficiais de Coronavírus, para evitar boatos e informações distorcidas. Nos últimos dias, falsas informações vêm circulando na cidade. Diante dessas fake news, o Ministério Público Estadual anuncia o pedido de investigação em relação ao caso. Os boatos teriam a aparente intenção de gerar pânico coletivo.
Vigilância redobrada
Bonotto diz que, agora com mais razão, será preciso respeitar o decreto que obriga o uso de máscaras e protetores faciais na cidade. Em todos os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, instituições financeiras, transporte coletivo e paradas de ônibus, por exemplo, é obrigatório o uso de máscaras. São previstas multas para quem não cumprir a exigência.
Outro pedido reiterado é que as pessoas abrangidas pelos grupos de risco – idosos e portadores de doenças crônicas – só deixem o ambiente domiciliar nos casos estritamente necessários. A recomendação, ainda, é que nas situações de sintomas gripais ou distúrbios respiratórios, seja procurado o Centro de Triagem na Escola Estadual Getúlio Vargas. O local funciona das 8 às 22 horas. Fora desse horário, deve ser procurado o Pronto Atendimento do Hospital Ivan Goulart.
O hospital garante estar preparado já há dois meses para atender demandas relacionadas à Covid-19, conforme informa o presidente da Fundação Ivan Goulart, Pedro Machado. As equipes foram treinadas e foi montada infraestrutura operacional. A diretora da instituição, Fernanda Bonotto, orienta que, como medida preventiva, as visitas a pacientes estão suspensas.
O Comitê de Gestão de Crise ao Coronavírus confirma que vai prosseguir com o monitoramento nos acessos à cidade. Profissionais de saúde e militares do Exército mantêm abordagens e orientações a quem chega a São Borja. São três os locais de monitoramento: os trevos das BRs 285, 287 e 472 e a Estação Rodoviária.
Flexibilização restrita
O prefeito Eduardo Bonotto ressalta que é imprescindível levar em conta que São Borja segue em estado de calamidade pública em saúde, em função da pandemia do Coronavírus. Desta forma, continuam valendo também todas as medidas necessárias de prevenção, principalmente de permanentes hábitos de higienização das mãos, isolamento social e o uso de máscaras.
Decreto municipal autorizou algumas flexibilizações, mas respeitando os protocolos recomendados pela Organização Mundial de Saúde. Os serviços essenciais, como de saúde e alimentação, podem funcionar, mas respeitando o distanciamento social e as medidas protetivas.
Quanto aos demais setores do comércio e de prestação de serviços, podem funcionar parcialmente, por exemplo, com no máximo 30% da lotação estabelecida no PPCI (Plano de Prevenção e Combate à Incêndio) e observando as prevenções recomendadas. Em relação a bares, lancherias e restaurantes, além de no máximo 30% da ocupação, devem respeitar distância mínima de dois metros entre as mesas. Quanto aos hotéis, também vale o parâmetro dos 30%.
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