Em 2020, São Borja registrou 821 focos de Aedes aegypti
A Secretaria Municipal de Saúde em São Borja divulgou levantamento em relação à incidência de focos de Aedes aegypti, no ano passado. Foram 821 focos no total, um terço de ocorrências em relação aos 2.514 focos notificados em 2019. O levantamento foi realizado pelo Serviço de Vigilância em Saúde.
De acordo com a veterinária Janaina Leivas, responsável técnica pela equipe de agentes de combate de endemias. Ela observa que “as pessoas ficaram mais em casa e com chance, portanto, de maior eliminação de possíveis criadouros do mosquito”. Além disso, nos meses mais críticos da crise sanitária do coronavírus, o trabalho de campo teve de ser interrompido.
Dos 821 focos contabilizados no último ano, 462 – ou 56,2% - foram apurados na região Centro-sul da cidade. Já o bairro Pirahy novamente ficou em segundo lugar, com 233 ocorrências. Enquanto isso, o bairro José Alvarez teve 57 casos confirmados e o bairro do Passo, 49. Já as vilas Umbu e Nhu-Porã tiveram 15 e 5 incidências, respectivamente.
Janaina Leivas observa que o menor número de focos em 2020 não é motivo para diminuir atenções e vigilâncias. “Nós temos uma proliferação de mosquitos muito preocupante em municípios gaúchos na região e em localidades argentinas, o que significa um risco permanente pela proximidade e circulação de pessoas, veículos e cargas”. O período de altas temperaturas, associado a chuvas mais frequentes, é outro motivo para preocupação e alerta.
A recomendação é que as pessoas eliminem todos os depósitos de água parada e que possam virar criadouros de mosquito. Depósito de entulhos e de lixo doméstico também devem ser eliminados, porque, além da dengue, chikungunya e zika vírus – doenças transmitidas pelo Aedes -, há também o risco de leishmaniose e de outras patologias. Pneus em situação de descarte devem ser levados a depósito no antigo Hospital São Francisco.
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