Preocupação permanente com Aedes é ainda maior neste início de ano
A combinação de dois fatores – chuva e calor – é sempre motivo de apreensão em relação à proliferação do mosquito Aedes aegypti. Neste início de 2021, a preocupação é ainda maior: a ocorrência é de altas temperaturas que têm sido frequentes em São Borja. Nesse cenário, o Serviço de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde alerta que são crescentes os riscos de proliferação do mosquito e, por consequência, de doenças por ele provocadas, casos da dengue, febre chikungunya e zika vírus.
Em janeiro, primeiro mês do ano, foram contabilizados 179 focos de larvas do mosquito Aedes aegypti. “Isso alerta para a necessidade de que, permanentemente, as pessoas eliminem todos os depósitos de água parada, em ambientes domésticos ou estabelecimentos empresariais que possam virar criadouros de mosquito”, segundo alerta a veterinária Janaina Leivas, do Serviço de Vigilância em Saúde.
Outra recomendação é para os terrenos baldios, locais de acúmulo de lixo, ferros-velhos. Além do perigo das doenças causadas pelo Aedes, outra preocupação são patologias como a leishmaniose.
Janaina ressalta que em 2020 o Rio Grande do Sul registrou três vezes mais casos de dengue que no ano anterior. Cidades próximas a São Borja, como Santo Ângelo, Cerro Largo e Santo Cristo foram as com maior infestação, inclusive com casos de óbitos de pacientes.
Outro motivo que assusta as autoridades é o lixo jogado clandestinamente nas periferias da cidade. “Qualquer objeto - uma folha, uma tampa de garrafa, um recipiente plástico - pode se transformar em nascedouro de mosquito”, exemplifica Janaina Leivas.
Também segue o pedido para que pneus em situação de descarte sejam levados ao depósito da Prefeitura no antigo Hospital São Francisco. Saindo do meio ambiente, esses materiais não viram criadouros e são depois reciclados.
Os sanitaristas recomendam que as pessoas redobrem os cuidados de controle. A roçada constante dos pátios é outra recomendação, já que, com as chuvas frequentes e as altas temperaturas, a vegetação cresce mais rapidamente, favorecendo o surgimento de, além de mosquitos, escorpiões, cobras e outros animais.
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