Ministérios dos governos Brasileiro e Argentino realizam visita ao CUF

Cada vez mais consolida-se o processo de renovação da concessão à iniciativa privada dos serviços de operação da Ponte da Integração São Borja-Santo Tomé. Nesta quarta-feira (10/02), ocorreu visita técnica de representantes dos governos do Brasil e da Argentina para avaliações no Centro Unificado de Fronteira (CUF) da travessia binacional. Lideranças de São Borja e de Santo Tomé receberam titulares ou representantes dos Ministérios da Infraestrutura, Economia, Relações Exteriores e Casa Civil dos dois países, além de membros da Comissão Mista Argentina-Brasil (COMAB). O colegiado cuida da funcionalidade da ponte.

A visita aconteceu após a ida a Brasília de um grupo de lideranças de São Borja, para tratar da renovação da concessão. O prefeito Eduardo Bonotto liderou as tratativas, juntamente com o senador Luis Carlos Heinze. Também integraram a delegação local representantes da Associação Comercial e Industrial (Acisb) e despachantes aduaneiros. O grupo percorreu diversos Ministérios apresentando toda estrutura do CUF aos servidores responsáveis.

Nesta quarta-feira foram visitadas e inspecionadas todas as instalações da área alfandegada da ponte. Na oportunidade, foi apresentada detalhadamente a infraestrutura da travessia e as tecnologias empregadas no plano logístico no Centro Unificado de Fronteira.

A ponte foi construída através de uma parceria público-privada e inaugurada em dezembro de 1997. Em agosto de 2021 se encerra a concessão em vigor à iniciativa privada.

A visita dos representantes dos governos Brasileiro e Argentino, esta semana, foi considerada como essencial, dando mais um passo importante para que o processo de concessão tenha continuidade com a participação da iniciativa privada. Já há alguns meses, decreto municipal em São Borja formou comissão para acompanhamento de todas as tratativas a respeito.

O prefeito Eduardo Bonotto defende a renovação de contrato com a atual concessionária, Mercovia S/A. Um dos argumentos é que o consórcio empresarial tem demonstrado agilidade e grande expertise nas operações do intercâmbio comercial, não apenas entre Argentina e Brasil, mas com todo o Mercosul. Bonotto ainda defende que, pelo menos a moradores de São Borja e de Santo Tomé, seja dispensada a cobrança de pedágio. Outro argumento é que mais de 600 pessoas trabalham atualmente no CUF, a maioria brasileiros.

O formato de construção e de operações da Ponte da Integração tem servido de modelo para toda a América do Sul. A adoção de aduana integrada e de um Centro Unificado de Fronteira representa maior agilidade nas liberações alfandegárias. Na prática, isso significa maior produtividade e rapidez na inter-relação comercial. Cerca de 50 milhões de dólares foram investidos na ponte, que tem 1,4 mil metros de extensão e um pouco mais de 14 quilômetros de acesso em Santo Tomé e São Borja