Vigilância em Saúde reforça alerta: previna-se do Aedes
O número crescente de casos de pessoas infectadas no Rio Grande do Sul pelo mosquito Aedes aegypti leva o Serviço de Vigilância em Saúde em São Borja a, mais uma vez, reiterar alerta. O pedido é que a população reforce as ações de prevenção, em apoio ao trabalho dos agentes de endemias, responsáveis pelo monitoramento. Na cidade, até 9 de abril, foram registrados 649 focos do mosquito. A preocupação maior, porém, é com o agravamento da situação em localidades próximas.
A veterinária Janaína Leivas, do Serviço de Vigilância, chama a atenção para a cidade vizinha de São Nicolau, onde vários casos de chikungunya foram detectados. “A região Noroeste do Estado vem sendo, há tempo, motivo de atenção, assim como o território argentino na fronteira”, lembra ela. Janaína observa que, “com o retorno das chuvas, o risco é geral no Estado, e não apenas em relação à febre chikungunya, mas também à dengue, ao zika vírus e outras patologias.”
Outro motivo de atenção diz respeito à grave situação de fragilidade sanitária representada pela pandemia do Coronavírus. “Os são-borjenses precisam reforçar as ações de vigilância, mantendo limpos seus pátios e demais ambientes domésticos”, recomenda o prefeito Eduardo Bonotto. Ele acrescenta que, “sem violar os protocolos de distanciamento social, as pessoas precisam facilitar o acesso dos agentes de endemias e, ao mesmo tempo, fazer a sua parte”.
A equipe do Serviço de Vigilância em Saúde pede ainda para que não seja feito o descarte de lixo em locais proibidos, como a periferia urbana. Materiais em decomposição ou de depósitos de água podem transformar-se em criadouros de Aedes aegypti ou do mosquito Palha, transmissor da leishmaniose. Outra recomendação é para que pneus em situação de descarte sejam levados a depósito no antigo hospital São Francisco.
Até o último dia 9, o centro da cidade, registrou este ano, 302 focos do mosquito Aedes. No bairro Pirahy foram 152 ocorrências; no bairro do Passo, 102; e no bairro José Alvarez, 72. Já na vila Umbu foram 20 focos e um na vila de Nhu-Porã.
Redes Sociais