Undime defende retorno das aulas presenciais
A Secretaria Municipal de Educação (SMEd) em São Borja vem trabalhando já há vários meses, com a perspectiva de retomada das aulas presenciais nas escolas sob sua jurisdição, suspensas há mais de um ano pela pandemia. Os cuidados, entretanto, são os maiores possíveis, de modo a oferecer segurança sanitária aos trabalhadores em educação e aos estudantes em relação à covid-19. Nesse sentido, a seccional da União dos Dirigentes Municipais de Educação no Rio Grande do Sul (Undime/RS) defende também o retorno, utilizando o ensino híbrido.
O secretário executivo da Undime/RS, Diego Lutz, disse nesta quarta-feira (26/05), que depois de um ano de aprendizado e sem aulas presenciais, não dá mais para esperar. “Mesmo que o ensino seja híbrido – misto de presencial e remoto -, necessariamente os alunos têm de voltar às salas de aulas”, enfatiza. Reforçando essa necessidade, ele informa que um levantamento feito pela Undime, com apoio da Famurs (Federação das Associações de Municípios) mostra que 80% dos 497 municípios gaúchos querem aulas presenciais.
Diego Lutz chama a atenção, por outro lado, que os contágios por coronavírus não estão nas escolas ou nos locais de trabalho. “Estão, sim, nas aglomerações, no desrespeito aos protocolos, e as escolas, como sabemos, estão se acercando de todos os cuidados necessários”. O representante da Undime observa que é possível algum registro pontual de caso positivado de Covid em escola, “mas será uma situação isolada e, portanto, sem a necessidade de fechar a escola inteira”.
Lutz lembra que trabalhadores em educação se contaminaram, mas fora da escola, ressaltando que “não é por que é do setor que está condenado a pegar o vírus”. O secretário da Undime acha que todo o ano de 2021 deverá ser de ensino híbrido, “mas teremos que conduzir a educação nesse formato”. Acrescenta que “não se pode é ficar indefinidamente esperando, pois serão vários os anos pela frente para recuperar os prejuízos já registrados até aqui”.
Todos os protocolos
São diversos os protocolos adotados em São Borja em apoio à comunidade escolar, como a aquisição de mais de 11 mil máscaras como Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os alunos. Reforço dos estoques de álcool em gel e várias outras medidas de higienização à disposição nas escolas são outros exemplos das ações em curso. Além disso, há monitoramento permanente por equipe de sanitaristas e de um Comitê de Gestão.
O prefeito Eduardo Bonotto e o secretário de Educação, João Carlos Reolon, reconhecem a gravidade do momento e a complexidade das iniciativas que têm de ser tomadas. Ambos observam, porém, que, apesar de tudo, retomar às aulas presenciais se faz indispensável. Fazem questão de destacar, ainda, que as ações propostas têm aval e recomendação de instituições técnicas na área, como é o caso da Undime, que assessora secretários de Educação e prefeitos no Estado e no País.
O prefeito Eduardo Bonotto está convencido de que a administração municipal está fazendo tudo o que é possível para, ao mesmo tempo, garantir segurança nas escolas e, tanto quanto possível, também oferecer aulas presenciais. Por seu turno, o secretário João Carlos Reolon ressalta que as ações em curso têm o amparo técnico dos órgãos que pensam e monitoram a educação e a pandemia, no plano estadual e nacional.
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