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Live em homenagem a Apparício Silva Rillo e a São João Batista será nesta quarta-feira

Publicado: Terça, 22 Junho 2021 09:41 | Última Atualização: Terça, 22 Junho 2021 10:44
Arte: Carla Iann/DECOM
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Live em homenagem a Apparício Silva Rillo e a São João Batista será nesta quarta-feira

O distanciamento social imposto pela pandemia da Covid-19 impede que sejam realizadas programações com a presença de público, mas, mesmo assim, São Borja desenvolve atividades para assinalar a passagem dos 27 anos de falecimento de Apparício Silva Rillo e também alteram a programação tradicional dedicada a São João Batista, em 23 e 24 de junho. Com isso, não haverá a costumeira procissão com a imagem do santo e nem o ‘banho’ na fonte em sua homenagem. Também fica inviabilizada a chamada Mesa dos Inocentes, na tarde de quinta-feira, 24. Ainda assim, a Secretaria Municipal de Cultura, Turismo Esporte e Lazer (SMCTEL) realizará uma live na noite desta quarta-feira (23/06), a partir das 19h, na Página da Prefeitura de São Borja no Facebook, assinalando as homenagens.


Vida e obra Apparício Silva Rillo

A programação por canais remotos, para lembrar a vida e a obra de um dos principais poetas e escritores do Rio Grande do Sul, reunirá familiares do homenageado, para manifestações e apresentações musicais de alguns dos muitos trabalhos por ele produzidos.

Apparício Silva Rillo nasceu em Porto Alegre em  8 de agosto de 1931. Faleceu em 23 de junho de 1995 em São Borja. Se destacou como responsável pela criação da melhor poesia gauchesca. Foi original, inventivo, fazendo seus versos passearem pelas coxilhas, ao tropel de bois e cavalos.
   Mesmo não sendo de São Borja de nascimento, adotou a cidade como sua. Em 10 de outubro de 1953 (no dia do Padroeiro de São Borja - São Francisco de Borja), aos 22 anos, instalou-se em Nhu-Porã, para trabalhar como contador na Propriedade dos Irmãos Pozzueco. Técnico em Contabilidade, mais tarde cursou Ciências Contábeis e Economia na PUCRS. A partir de 1957 fixou-se em São Borja.

       Em 1959, Rillo escreveu seu primeiro livro de poesias: "Cantigas do Tempo Velho" - versos crioulos. A partir daí, vieram mais de 40 obras, entre elas poesias, prosa, peças de teatro, novelas, teses, monografias, antologias, além de folclore e história.

    Considerado um dos nomes mais importantes na cultura gaúcha, registrou grande parte da história de São Borja; criou festivais e CTGs, deixando sua marca no contexto cultural, artístico e histórico de nossa cidade, da 3ª RT e de todo o Rio Grande do Sul. Foi membro da Academia Rio-grandense de Letras e da Academia da Estância da Poesia Crioula. Foi premiado no RS, no Brasil e no exterior.

     Em 1962, fundou o Grupo Amador de Arte "Os Angüeras", o mais antigo em atividade no Rio Grande do Sul. Em 1979 junto à sede do grupo organizou o Museu Ergológico da Estância, que reúne  as melhores referências da ergologia campeira desde o século passado. Foi também um dos criadores do Festival da Barranca, em 1971.  Tendo José e Miguel Bica como parceiros foi dos pioneiros da Califórnia de Uruguaiana, surgida neste mesmo ano.

    Apparício Rillo, teve ainda como parceiros marcantes Mário Barbará e Rodrigo Bauer. Como historiador resgatou a trajetória de São Borja e de outros municípios na região. José Hilário Retamoso e Mano Lima são outros exemplos. O Hino de São Borja foi ele quem escreveu.


O prefeito Eduardo Bonotto lamenta que a pandemia impede evento mais amplo, “mas, diante das circunstâncias, é o que podemos fazer”. “E o fazemos – acrescenta – com prazer, já que, afinal, estamos referenciando uma das principais expressões culturais do Estado e do País, e que adotou São Borja como cidade natal”.

A secretária de Cultura, Vânia Alves Cardoso , propõe que “as escolas e as universidades discutam, trabalhem e perenizem ainda mais a vida e a obra de Silva Rillo”. Ela observa que são mais de 40 obras publicadas e que transitam por todas as áreas da criação e da cultura regional”.

Além de sua criação literária e musical, Rillo é lembrado em algumas referências significativas na cidade. Dá nome à Escola Estadual Apparício Silva Rillo e ao Museu Apparício Silva Rillo, o Museu Missioneiro. Como criador do concurso de músicas para o Carnaval, também patrono do evento, com mais de meio século de realização. Também foi responsável pela criação do festival Clarim.


Homenagem a São João Batista


As restrições acarretadas pela pandemia do Coronavírus


As homenagens a São ‘Joãozinho’ Batista terão transmissão, a partir das 19h, pela página do Facebook da Prefeitura. A live será integrada à que também acontece na mesma noite, assinalando os 27 anos de falecimento do poeta e escritor Apparício Silva Rillo. A festa a São João é mais que centenária, mas Rillo foi um dos que mais trabalharam por manter a tradição e a fé popular, lembrando o santo apóstolo. Na rua Bompland uma fonte é mantida em sua homenagem.

Segundo a tradição oral e os registros historiográficos, as reverências a São João Batista vêm desde o período posterior à Guerra do Paraguai, no século 19. Pagando uma promessa por seu filho voltar vivo da guerra, uma mãe deu início à procissão, às rezas e cantos.


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