Saúde municipal reforça alerta de prevenção à febre amarela

Nas últimas semanas, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em São Borja tem repassado orientações à população em relação a ações de prevenção à febre amarela. A febre amarela é uma doença do tipo silvestre e ataca principalmente áreas rurais, mas pode ocorrer também na forma urbana. Afeta especialmente bugios, mas também os humanos. No período recente foram confirmados casos em Manoel Viana, Santa Maria e Restinga Seca.

Em São Borja foram encaminhadas duas amostras de bugios para análise, sendo que uma amostra teve o resultado negativo e a outra inconclusiva. No caso da amostra inconclusiva, os exames estão sendo repetidos e o município aguarda o resultado.

O Serviço de Vigilância em Saúde e a Central de Vacinas estão mobilizados em torno de esclarecimentos à comunidade. Uma das orientações, repassadas pela veterinária Janaina Leivas, do Serviço de Vigilância em Saúde, é que “as pessoas não saiam matando bugios, tanto na cidade como no interior do município. E, na hipótese de ser encontrado algum desses primatas morto, as autoridades sanitárias devem ser comunicadas”.

Janaina observa que os bugios são considerados os sentinelas e, portanto, a morte de bugios serve de alerta em relação à presença do vírus da febre amarela. Os bugios não transmitem o vírus ao homem, pois o ser humano só contrai a doença através da picada do mosquito transmissor.

Em relação a vacina

Já a coordenadora da Central de Vacinas, Caren Vidal, pede que as pessoas confiram sua Carteira de Vacinação. “Isso vale tanto para a febre amarela quanto para as demais vacinas eventualmente em atraso. A recomendação técnica é apenas no sentido de esperar pelo menos 14 dias de intervalo da vacina da Covid”, ressalta Caren.

No caso da febre amarela, as crianças normalmente recebem duas doses – aos nove meses e aos quatro anos de idade -, ficando depois imunizadas para o resto da vida. Se a Carteira de Vacina não for localizada e houver dúvida sobre a aplicação da dose protetiva, a orientação é para procurar uma unidade de saúde.

Essas unidades são a Central de Vacinas (antigo hospital São Francisco) e as ESFs (Estratégias de Saúde da Família). Funcionam de segunda à sexta-feira, nos turnos da manhã e da tarde. Apenas a ESF 15 não possui doses da vacina.

Grávidas não podem aplicar a dose de prevenção à febre amarela, assim como também as pessoas com idade acima dos 60 anos. Além dessa idade, é preciso avaliação e indicação médica, nos casos de necessidade.