Projeto-piloto de educação montessoriana é desenvolvido na EMEI Quero-Quero
Através de parceria, a Secretaria Municipal de Educação (SMEd) e o campus local do Instituto Federal Farroupilha (IFFar) desenvolvem um projeto-piloto que é também uma experiência pedagógica pioneira em São Borja. A ação acontece na EMEI (Escola Municipal de Educação Infantil) Quero-Quero, colocando em prática a educação montessoriana, através do projeto Ipê. O foco central são as crianças de zero a três anos de idade.
A coordenadora do projeto, professora Priscyla Hammerl, destaca a relevância da proposta: “É uma ação que visa trazer um novo olhar à educação na primeira infância, com base no método criado pela médica italiana Maria Montessori, hoje reconhecido mundialmente, mas ainda pouco utilizado em escolas públicas no Brasil.”
Na EMEI Quero-Quero, com 136 alunos, em um grupo de 56 já foram desenvolvidas atividades iniciais em 2021. Priscyla explica que o ano de pandemia atrapalhou, mas a meta é poder melhor capacitar os docentes para a finalidade específica e ampliar as atividades em 2022.
A denominação Ipê para o projeto é em alusão à árvore-símbolo de São Borja. O secretário municipal de Educação, João Carlos Reolon, ressalta que “é, na prática, uma pedagogia diferenciada, revolucionária, em que as crianças aprendem a partir do seu próprio mundo, um mundo real e palpável.” Reolon acha que a iniciativa poderá, de modo gradual, ser ampliada para outras escolas da rede municipal.
A professora coordenadora do projeto destaca que “a metodologia foi idealizada em 1907 e busca promover a autonomia das crianças”. Pelo método, o espaço é preparado para que as crianças possam ter contato, desde muito cedo, com o conhecimento nas diferentes áreas. É o caso da linguagem, da matemática e das ciências. Isso acontece por meio de materiais concretos e passíveis de manipulação.
O método
A professora Priscyla Hammerl observa que na escola montessoriana, “a criança aprende por meio das mãos”. Assim, todo o material pedagógico é cientificamente pensado para que as crianças façam suas próprias descobertas sobre a complexidade do mundo a seu redor.
“Na sala de aula, o papel e o lápis raramente aparecem. O ambiente central é um conjunto de recursos em que a criança aprende manipulando os materiais”, explica a coordenadora.
Como exemplo são apresentados materiais de educação sensorial e matemática para crianças de dois a três anos. O IFFar tem a finalidade estratégica de capacitar os educadores da EMEI Quero-Quero e demais escolas. As professoras da EMEI Quero-Quero já estão aplicando alguns dos conhecimentos adquiridos sobre o método com os seus alunos.
Redes Sociais